terça-feira, 23 de dezembro de 1980

Novela repetitiva


     Sábado, assistindo "Plumas e Paetês", achei a novela um pouco repetitiva, mas Eva Wilma, como "Rebeca", está dando um show que supera quase tudo. Ela, numa cena com o John Herbert ("Márcio"), lhe pede para reintegrar no quadro funcional e "Nadir" (Solange Theodoro), por pressão do filho. Nesta cena ela estava sensacional, embora o mesmo não acontecesse com John Herbert. Ele partiu para a farsa e não conseguiu fazer a coisa direito, talvez por falta de ensaio. Farsa é algo que normalmente os atores conseguem fazer bem no teatro, mas em televisão, eu nunca vi ninguém conseguir fazê-la direito. Em "Coração Alado" Jardel Filho também tenta fazer a farsa, mas não consegue. Talvez seja a câmera que prejudica a interpretação do ator e John Herbert também "quebrou a cara" nesta cena que foi salva pela Eva Wilma, maravilhosa como sempre.

    "Nadir" está muito engraçada, fazendo a "louca" na festa e mais louca ainda agora que perdeu o emprego. Mas vá comer e chorar feio assim no inferno. Deus me livre encontrá-la no banheiro, pois se chora e come feio assim, imaginem no banheiro...

    Eu já não aguento mais a "Marcela" (Elizabeth Savala) pegando o telefone e conversando com  o "Renato" (José Wilker) sem identificá-lo. Ele tinha uma namorada chamada Marcela que jamais conseguiu esquecer, atende uma moça no telefone, que tem o mesmo nome e a mesma voz de sua ex-namorada, mas mesmo assim não consegue identificá-la. Como diz o Ferez, nosso colega do Departamento de Jornalismo da Super Rádio Tupi, o "Renato" deve ter tido Meningite nesta época, pois parece que ele ficou meio "bué-bué", ou seja, meio bobão.

    Outra que também esclerosou foi a "Amanda" (Maria Claudia). Ela já não consegue mais discernir coisa nenhuma. Eu já não estou mais aguentando estas novelas e estou torcendo para que minhas férias cheguem logo. Assim não terei mais obrigação de assisti-las, pois estarei viajando para Disneylândia com a Carola e o Ricardo e me verei livre de tanta "mala pesada" que enchem todos os dias às sete e às oito da noite.

O Fluminense - 23/12/1980


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